Em 1985 originou-se uma das principais áreas de atuação do Centro que é o processamento de imagens de sensoriamento remoto, pela aquisição de um sistema de recepção e análise de imagens de satélites meteorológicos, denominado UAI-R. Em 1994, foi feita uma primeira atualização deste sistema, com a aquisição de um equipamento destinado à recepção e processamento de imagens dos satélites meteorológicos da série AVHRR/NOAA. Em 2004, o sistema foi atualizado novamente com a aquisição de um equipamento mais moderno, permitindo adquirir e tratar imagens dos satélites das séries AVHRR/Metop e Feng-Yun. As imagens recebidas desde abril de 1995 estão armazenadas no Centro, constituindo-se em um dos principais bancos de imagens dos satélites da série AVHRR/NOAA no Brasil e exterior.
Para manter a atividade de recepção de imagens de satélites meteorológicos atualizada, considerando a importância e a demanda dos dados de sensores remotos nos projetos de pesquisa e extensão do Centro, foi submetido e aprovado, em 2013, um projeto de pesquisa, em parceria com a Faculdade de Tecnologia da Unicamp, destinado à aquisição de um sistema de recepção de imagens do satélite de nova geração GOES-R, lançado em 2016. Esse satélite meteorológico de última geração, visto como o mais avançado desenvolvido pela NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration) foi instalado nas dependências do CEPAGRI no final de 2018. Esse projeto reforça essa importante linha de pesquisa na qual o CEPAGRI vem atuando há mais de 30 anos. Com a instalação do GOES na área experimental do CEPAGRI, a UNICAMP passou a ser a primeira Universidade Pública brasileira a possuir esse satélite.
Os estudos e pesquisas realizados ao longo do últimos anos, e até o momento, com os produtos dos satélites mencionados e os novos produtos provenientes do GOES-16, apresentam uma série de benefícios à sociedade como: previsão do tempo com maior precisão, melhores condições para os pesquisadores realizarem monitoramentos e estudos mais refinados voltados tanto para a agricultura (solo, plantação e previsão de safra) quanto para o meio ambiente (florestas e corpos d’água), podendo mais efetivamente contribuir para o desencadeamento de ações que visem a redução de perdas e danos da sociedade.